Morre Angela Ro Ro, ícone da música brasileira, aos 75 anos no Rio de Janeiro
- Redação De Olho no Acre
- há 43 minutos
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Cantora e compositora estava internada desde junho com infecção pulmonar; artista deixa legado de autenticidade e sucessos marcantes
A música popular brasileira perdeu, nesta segunda-feira (8), uma de suas vozes mais emblemáticas. A cantora e compositora Angela Ro Ro morreu aos 75 anos, no Rio de Janeiro, após complicações de uma infecção pulmonar. A artista estava hospitalizada desde junho e não resistiu ao agravamento do quadro.

Nascida em dezembro de 1949, Angela completaria 76 anos este ano. Ao longo de sua trajetória, lançou 14 discos e deixou um acervo de mais de uma centena de gravações, incluindo parcerias marcantes e participações em coletâneas.
A carreira começou na década de 1970, quando viveu na Inglaterra, cantou em pubs e participou do álbum Transa, de Caetano Veloso, tocando gaita. No Brasil, ganhou reconhecimento em festivais e, em 1979, lançou seu primeiro disco solo, imortalizando sucessos como “Amor, meu grande amor”, em parceria com Ana Terra. Nos anos seguintes, consolidou-se como referência com obras como Só nos Resta Viver (1980), Escândalo (1981) e Simples Carinho (1982).
Dona de uma voz rouca inconfundível, perfeita para o blues e canções carregadas de emoção, Ro Ro eternizou interpretações como “Fogueira”, de sua autoria, e “Demais”, de Tom Jobim e Aloysio de Oliveira.
Irreverente, autêntica e conhecida pela franqueza, recusou em 1988 gravar a música “Malandragem”, de Roberto Frejat e Cazuza, que mais tarde se tornaria um dos grandes sucessos de Cássia Eller.
Angela Ro Ro deixa um legado de autenticidade, poesia e emoção, sendo lembrada como uma das artistas mais marcantes da música brasileira.