Trump assina aumento de tarifas para 50% e acusa Governo Lula de ameaçar a segurança nacional dos EUA

O Presidente norte-americano declara nova emergência nacional e aponta perseguição política no Brasil como motivo para MEDIDAS sobre produtos brasileiros

A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (30) que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva elevando as tarifas sobre produtos brasileiros de 10% para 50%. A medida faz parte de uma resposta direta às políticas adotadas pelo governo brasileiro, que, segundo o republicano, representam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à economia e à política externa dos EUA”.

AP Photo/Evan Vucci

No decreto, Trump declara a existência de uma nova emergência nacional para justificar o endurecimento comercial causado pelo Governo LULA.

A decisão atinge em cheio setores da economia brasileira com exportações relevantes para o mercado norte-americano, como o agronegócio, siderurgia e manufaturados.

Brasil é acusado de violações de direitos e censura

O texto presidencial afirma que práticas recentes do governo brasileiro — sem citar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva — têm causado danos a empresas americanas, comprometido a liberdade de expressão de cidadãos dos EUA e afetado negativamente os interesses estratégicos do país.

Além disso, o decreto menciona o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, denunciando o que Trump classifica como “perseguição politicamente motivada, intimidação, assédio, censura e processos judiciais” contra ele e seus apoiadores.

“Essas ações constituem graves violações dos direitos humanos e enfraquecem o Estado de Direito no Brasil”, afirma Trump no documento oficial.

Tarifaço amplia tensão após sanção a Alexandre de Moraes

O anúncio das tarifas ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos impuseram sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky — legislação que pune internacionalmente violações de direitos humanos e corrupção.

Segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, Moraes foi responsabilizado por uma campanha de censura e repressão política, o que provocou forte reação no meio diplomático e jurídico brasileiro.

Especialistas ouvidos por agências internacionais apontam que as medidas representam uma escalada inédita nas relações entre os dois países, podendo afetar negociações comerciais em andamento, acordos de cooperação internacional e investimentos estrangeiros no Brasil.

Impactos econômicos

O aumento tarifário para 50% pode representar perdas bilionárias para setores exportadores do Brasil, especialmente no agronegócio, onde os EUA são um dos principais compradores de produtos como carne, soja e derivados do alumínio. A indústria de aço e metalurgia também deverá ser diretamente impactada.

Em resposta, membros do governo brasileiro já discutem alternativas para contornar as medidas, como buscar novos mercados, ampliar acordos bilaterais na Ásia e na Europa, além de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Congresso americano e aliados devem se posicionar

A ordem executiva entra em vigor de forma imediata, mas pode passar por debate no Congresso dos EUA, especialmente no Senado, onde parte da bancada republicana mantém relações com diplomatas e grupos de interesse brasileiros.

O Itamaraty ainda não se pronunciou oficialmente sobre as tarifas, mas fontes ouvidas pela imprensa nacional indicam que o embaixador brasileiro em Washington foi chamado com urgência para consultas.