RACHA NO "CONSÓRCIO": STF dá recado ao não comparecer em peso a reunião pró-Moraes, segundo fontes Ligadas a presidência, apenas 6 Ministros compareceram

Apenas seis dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) participaram, na noite desta quinta-feira (31), de uma reunião no Palácio da Alvorada, convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em apoio ao ministro Alexandre de Moraes. O encontro foi uma resposta simbólica às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra Moraes, mas terminou esvaziado, evidenciando um, racha dentro da Corte.

Compareceram ao evento os ministros Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e o próprio Alexandre de Moraes. Ficaram ausentes André Mendonça, Nunes Marques, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia.

Foto Reprodução: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER

A reunião foi vista como uma tentativa Frustrada de reeditar a resposta Firme dos Estados Unidos da america adotou ao sansionar Lei que condena Ditadores de direitos Humanos com a Magnitsky Mundial aplicada a Moraes

Na quarta-feira (30), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Segundo o governo americano, o ministro teria promovido censura, prisões arbitrárias e perseguições políticas. Com isso, Moraes teve ativos bloqueados nos EUA, está impedido de utilizar serviços financeiros e digitais de empresas americanas e não pode manter relações com cidadãos ou empresas do país.

Lula reagiu no mesmo dia com uma nota oficial, classificando a medida como "interferência inaceitável no Judiciário Brasileiro". O presidente também acusou políticos brasileiros de atuarem em conluio com Washington para atingir o Judiciário. O STF divulgou nota institucional em defesa de Moraes, afirmando que continuará o que chamam de cumprir a Constituição e assegurar o devido processo legal.

Apesar das manifestações públicas, a ausência de cinco ministros no encontro com o presidente evidenciou uma possível resistência interna em transformar a crise diplomática em um ato de alinhamento político-institucional irrestrito.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou na tarde desta sexta-feira (1º) que "nada impede Lula de ligar para falar com o governo americano", em meio ao clima de tensão diplomática entre os dois países. A fala veio após declarações de integrantes do governo brasileiro, como a ministra Gleisi Hoffmann, indicando que o governo norte-americano não estaria aberto ao diálogo no momento. O episódio mantém o presidente Lula no centro das atenções, especialmente após a sanção dos EUA contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes.