DE RACHADINHA A FUNCIONÁRIO FANTASMA: Assessora de Hugo Motta sob suspeita de “rachadinha” recorre a cúmplice de funcionárias fantasmas
- Redação 24Hrs
- há 3 dias
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enfrenta mais um episódio de polêmica envolvendo seu gabinete. Sua chefe de gabinete, Ivanadja Velloso, é investigada pelo Ministério Público por suspeita de improbidade administrativa e envolvimento em esquema de funcionários fantasmas.
Segundo o MP, entre 2005 e 2009, Ivanadja teria desviado salários de um servidor fantasma, causando prejuízo superior a R$ 220 mil aos cofres públicos. À época, ela atuava no gabinete do deputado Wilson Santiago (Republicanos-PB) e possuía procuração para movimentar a conta do funcionário, que sequer comparecia a Brasília, exercendo funções em uma prefeitura e sendo cunhado do deputado. Ivanadja nega as acusações.
Demitida em janeiro de 2011, um dia antes da posse de Hugo Motta, a assessora passou a integrar seu gabinete. Desde então, investigações apontam que ela continuou recebendo procurações para movimentar contas de 10 funcionários, sendo que dois continuam ativos. Além disso, Motta teve ao menos três funcionárias fantasmas em seu gabinete, duas delas demitidas após reportagem da Folha de S. Paulo.

Intercâmbio suspeito de funcionários
As apurações revelam que tanto Motta quanto Santiago teriam promovido um intercâmbio de servidores, envolvidos em irregularidades. A ex-assessora Athina Pagidis, mãe da fisioterapeuta Gabriela Pagidis, também foi ligada a esses esquemas. Gabriela exercia funções no gabinete enquanto trabalhava em uma clínica de Brasília e foi demitida após a exposição do caso. Outros três membros da família Pagidis já foram nomeados pelo presidente da Câmara.
No processo em andamento, Ivanadja indicou Athina Pagidis como “testemunha imprescindível”, argumentando que ela poderia esclarecer que não houve enriquecimento ilícito ou dolo por parte da chefe de gabinete, nem dano ao erário.
Quebra de sigilo bancário mostrou intensa movimentação de valores na conta do funcionário fantasma, inclusive após sua demissão. Enquanto o caso corre há quase nove anos, há expectativa de que novas investigações avancem caso o Tribunal de Contas da União acate pedido do procurador Lucas Furtado para apurar indícios de rachadinha e irregularidades no gabinete de Hugo Motta.
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