Suspeito de matar adolescente com golpe de capacete no AC tem prisão preventiva anulada por falta de provas
- Redação Renalice Silva - Geral
- 2 de jan.
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Suspeito de causar a morte do adolescente Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, em setembro de 2024, foi preso no dia 12 de dezembro do mesmo ano, ao desembarcar no aeroporto de Rio Branco.

O suspeito pela morte do adolescente Pedro Henrique Costa Dias, de 13 anos, com um golpe de capacete na cabeça durante uma briga generalizada, Fabricio Vieira Avelino, teve a prisão preventiva revogada, no dia 26 de dezembro de 2024, pelo juiz Alesson José Santos Braz da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco.
De acordo com a decisão, o pedido formulado pelo Ministério Público do Acre afirma que após analisar os elementos reunidos até o momento, concluiu que as provas foram insuficientes para o oferecimento da denúncia ou para uma conclusão definitiva sobre a dinâmica dos fatos.
No documento Braz ainda cita que não foram demonstrados indícios suficientes de autoria, materialidade do crime e a presença de motivos que justifiquem Fabrício ficar preso, como a garantia da ordem pública, para o trabalho criminal ou para a aplicação da lei.

Em razão disso, foram solicitadas novas averiguações complementares, tais como acareações confrontar pessoas que tenham depoimentos divergentes e reprodução simulada dos fatos exame pericial que consiste em simular o ambiente e o contexto de um crime. O juiz além de requerer a anulação da prisão preventiva, solicitou que ele fique sob as seguintes medidas cautelares:
Comparecimento a todos os atos processuais, sempre que intimado;
Proibição de acesso ou frequência a casa, local de trabalho ou espaços que costumem ser frequentados por testemunhas e familiares da vítima;
Proibição de manter contato com as testemunhas e familiares da vítima, salvo quando autorizado previamente pelo juízo;
Não mudar de residência ou ausentar-se da comarca por mais de sete dias sem prévia autorização judicial;
Braz menciona que embora existam elementos iniciais que vinculem o investigado Fabrício na morte de Pedro, ainda há dúvidas sobre como o fato realmente aconteceu.
"A ausência de elementos conclusivos sobre a dinâmica dos fatos, bem como a necessidade de novas diligências para elucidar pontos relevantes da investigação, indicam que não há, neste momento, fundamento sólido para a manutenção da prisão preventiva".
O juiz finaliza impondo o prazo de 60 dias, a partir do dia 26 de dezembro de 2024, que sejam feitas as averiguações policiais.
Prisão
O suspeito pela morte do adolescente com um golpe de capacete na cabeça durante uma briga generalizada, foi preso no dia 12 de dezembro de 2024, ao desembarcar no Aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco.
A prisão foi feita por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com o apoio da Polícia Federal (PF-AC), que o conduziu diretamente à autoridade policial que aguardava no local. O homem foi detido preventivamente ao retornar do Rio de Janeiro, onde estava desde o crime.
Além da prisão, um mandado de busca e apreensão foi cumprido na residência de um homem conhecido como “Beba”, padrasto do suspeito. Durante as investigações, ele teria tentado assumir a autoria do crime para proteger o enteado. Porém, foi descoberto pela equipe da DHPP, que identificou o jovem como o suposto responsável pelo homicídio.
O delegado responsável pelo caso, Alcino Ferreira Júnior, titular da DHPP, explicou que o suspeito teria descoberto sobre o mandado de prisão enquanto ainda estava vivendo no Rio de Janeiro e então decidiu voltar ao Acre e se entregar. "A família nos avisou e monitoramos o voo para capturá-lo", disse.
Por: G1
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