🚨 R$ 67 MILHÕES EM EMPRÉSTIMO: PREFEITURA DE RIO BRANCO APROVA NOVA DÍVIDA E A POPULAÇÃO CONTINUA PRATICAMENTE SEM ÔNIBUS
- Redação Renalice Silva - Geral
- há 4 dias
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Gestão Bocalom solicita crédito milionário para renovação da frota, enquanto crise no transporte público persiste e promessas anteriores seguem sem ser cumpridas.

A crise no transporte público de Rio Branco continua sem solução, e agora a população pode pagar um preço ainda mais alto por isso. A Prefeitura de Rio Branco encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza a contratação de R$ 67 milhões em empréstimo junto à Caixa Econômica Federal para a compra de novos ônibus. O objetivo é renovar parte da frota com 45 veículos Euro 6 e seis ônibus elétricos, além de três carregadores.
No entanto, essa proposta surge em meio a um cenário crítico, onde a única empresa que opera o transporte público na capital — a Ricco — mantém os ônibus circulando graças a contratos emergenciais e repasses diretos do poder público, que já ultrapassaram R$ 10 milhões nos últimos dois anos.

O projeto de lei prevê uma carência de 48 meses e pagamento em até 192 meses, com juros anuais de 6%, o que implica em um comprometimento financeiro de longo prazo. Enquanto isso, motoristas enfrentam salários atrasados, ônibus quebram nas ruas e passageiros aguardam por um transporte que não chega.
A Ricco assumiu a operação do transporte público em fevereiro de 2022, com a promessa de que o contrato seria temporário. Desde então, o serviço foi prorrogado por meio de sucessivos aportes financeiros. A empresa chegou a afirmar que perdia R$ 40 mil por dia devido ao prejuízo com a operação. A promessa de que a empresa deixaria a cidade em julho de 2022 nunca foi cumprida.
Apesar da promessa de 30 ônibus elétricos vindos do novo PAC Seleções, a prefeitura agora tenta antecipar parte da renovação da frota por meio do empréstimo, apresentando-o como uma das promessas de campanha do prefeito Tião Bocalom (PL).
Em 2020, o prefeito Bocalom afirmou que não repassaria recursos para empresas de ônibus e que elas deveriam lidar com os prejuízos gerados pela pandemia. No entanto, em 2021 e 2022, ele sancionou leis que aprovaram repasses diretos para as empresas de transporte, totalizando milhões de reais, com subsídio de R$ 1,45 por passageiro. No entanto, o serviço permanece precário, com denúncias de falta de pagamento a funcionários e linhas abandonadas.
Agora, a população de Rio Branco poderá arcar com mais uma dívida, por meio de um empréstimo milionário. A grande questão que fica é: dessa vez, os ônibus vão chegar? Ou será mais uma promessa não cumprida, que coloca o fardo nos ombros do contribuinte?
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