Oposição apresenta provas e diz ter vencido com 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro teria obtido apenas 30%
- Redação 24Hrs
- 31 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
O candidato da oposição, Edmundo González, segura registros eleitorais enquanto pessoas se reúnem para protestar após os resultados das eleições concederem ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, um terceiro mandato, em Caracas, Venezuela, em 30 de julho de 2024.

A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, lançou nesta quarta-feira (31) um site onde é possível conferir os supostos resultados das atas das eleições presidenciais realizadas no domingo (28) na Venezuela.
De acordo com esses dados, Edmundo González teria vencido a eleição com 7.119.768 votos (67%), enquanto o atual presidente, Nicolás Maduro, teria recebido 3.225.819 votos (30%). As atas podem ser verificadas em nível nacional, estadual, municipal e por centro eleitoral.
A vitória alegada pela oposição contrasta com o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou a vitória de Nicolás Maduro sem apresentar as atas.
O site divulgado por Machado e González informa que foram digitalizados 24.384 boletins de voto, representando cerca de 81,21% do total de urnas, que continuam sendo contabilizadas. Compareceram à eleição um total de 10.613.881 eleitores, ou 60,19% do eleitorado.
A comunidade internacional tem exigido a apresentação desses dados para reconhecer os resultados das eleições na Venezuela.
“Já conhecemos os resultados, já os temos em todas as atas, então não se preocupem, porque conhecemos os resultados e a comunidade internacional também os conhece, também os viu”, disse González.
O resultado apresentado pelo CNE foi imediatamente contestado pela oposição, que afirma ter contado com cerca de 90 mil testemunhas nas mesas de votação e, por isso, conseguiu obter as atas que foram publicadas nesta quarta-feira no site.
A proclamação da reeleição de Maduro e as alegações de fraude eleitoral desencadearam protestos por toda a Venezuela desde domingo. Até a tarde desta quarta-feira, pelo menos 13 manifestantes morreram e 177 foram presos, de acordo com dados de ONGs.
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