Mulher com suspeita de problema cardíaco agoniza há dias sem resposta do poder público para transferência pelo (TFD) fora de domicílio

Redação 24Hrs
26 de mai.
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Antônia Luceilda do Vale de Souza, de 51 anos, está internada desde o último sábado (24) no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, aguardando há dias a realização de uma ressonância magnética.

Segundo familiares que estão na unidade, o equipamento necessário para o exame estaria fora de funcionamento, mas após insistência no caso foi realizado os exames, mas ainda não teria sido apresentado a família até o fechamento desta reportagem.

O exame é essencial para diagnosticar uma possível doença cardíaca, mas até o momento a falta de estrutura adequada no Hospital, e diante da impossibilidade de envio da paciente para tratamento fora do domicílio (TFD) a Família usou as redes sociais para se manifestar sobre o caso.

Segundo informações, na semana anterior à internação, Antônia buscou atendimento no mesmo hospital com fortes dores no peito, mas recebeu alta médica logo em seguida. Com o agravamento do quadro clínico, ela precisou retornar a unidade sentindo fortes dores no peito no último sábado (24) e foi novamente internada. Desde então, permanece acamada, recebendo apenas medicamentos para controle das dores, sem qualquer avanço no diagnóstico.

Procurados pela nossa Reportagem, o Hospital não apresentou um responsável até o momento para tratar do assunto, na capital Rio Branco a SESACRE e nem o secretário de Saúde Pedro Pascoal também não se manifestaram, evidenciando uma suposta negligência ao caso e sobre o que esta impossibilitando a transferência da paciente para tratamento pelo (TFD).

Segundo a família Inicialmente o hospital teria informado que o equipamento para ressonância estava precisando de reparos, porem na tarde desta segunda-feira (26) os exames foram realizados na unidade. Entre as alternativas estaria a transferência para Rio Branco, onde há estrutura mais adequada para os exames, mas a paciente segue sem ser removida por entraves relacionados ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que não teria sido liberado.

A família denuncia o abandono e cobra providências urgentes das autoridades estaduais de saúde. Segundo os parentes, o estado de saúde de Antônia é grave e exige uma resposta imediata do poder público. Eles afirmam que não estão pedindo favor, mas o direito básico à vida e ao atendimento digno.

“Não é possível que uma mulher com suspeita de problema no coração fique jogada em uma cama à base de remédios paliativos, sem exames concretos, sem solução e sem sequer ser transferida para outro lugar que tenha estrutura, já que nem o Hospital e nem os médicos não têm condições de fazer o diagnóstico. O que está acontecendo com o Hospital do Juruá?”, questiona um dos familiares.

A família clama por respostas. Diante do silêncio oficial do estado, o que resta são promessas não cumpridas e uma paciente à beira da morte devido burocracias que matam mais do que salvam vidas.