Inflação dos Alimentos: Subiu Mais no Governo Lula ou Bolsonaro? Veja o Balanço Exclusivo do Jornal De Olho no Acre
- Redação 24Hrs
- 5 de fev.
- 3 min de leitura
O IPCA encerrou o período de janeiro a dezembro de 2024 em 4,83%. Segundo a ata do Copom, a inflação deve encerrar 2025 em 5,2%.
Nesta semana, na Abertura do Ano Legislativo, parte da oposição ao atual governo – simpatizantes do governo Bolsonaro – usaram um boné com os dizeres ‘Comida barata novamente. Bolsonaro 2026’, protagonizando um duelo com apoiadores do governo que exibiam um boné escrito ‘O Brasil é dos brasileiros’.

A crítica dos bolsonaristas se dá por conta da alta dos preços dos alimentos, dado que no acumulado de 2024 a inflação de alimentos ficou em 7,69%, acima da inflação oficial do país, que fechou o ano em 4,83%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Entre os itens que ficaram mais caros, destaque para as altas das carnes (20,8%) e do café moído (39,6%).

Durante o governo Bolsonaro, a inflação dos alimentos superou o IPCA em três dos quatro anos. Em 2020, os preços subiram 14% devido à pandemia, e em 2021 e 2022, a alta foi de 7% e 11%, respectivamente. Já no primeiro ano do governo Lula (2023), a inflação alimentar foi de apenas 1,03%, a menor desde 2017, mas voltou a subir em 2024 e esta se mantendo agora no começo de 2025.
2019: 7,2% (carne foi o principal item de alta);
2020: 14% (arroz e óleo de soja puxaram a inflação);
2021: 7,9% (altos custos de produção de carne impactaram os preços);
2022: 11,6% (clima afetou a produção de frutas e café);
2023: 1,03% (queda nos preços de alimentos como óleo de soja e carnes);
2024: 7,69% (impacto do dólar alto e aumento das carnes e café).

Entre os principais fatores que impactaram os preços nos últimos anos estão o aumento da demanda por alimentos básicos, custos de produção elevados e fatores climáticos. Em 2024, a alta do dólar também pressionou os preços.
A inflação dos alimentos gerou uma disputa simbólica entre apoiadores de Lula e Bolsonaro. Oposicionistas lançaram bonés com a frase "Comida barata novamente. Bolsonaro 2026", enquanto governistas usaram um acessório azul com "O Brasil é dos brasileiros".

O presidente Lula chegou a publicar uma foto com o boné nas redes sociais, e a oposição respondeu com novas versões, como uma paródia da Nescafé com "Nemcafé", em alusão à alta do produto.
Pressionado pela queda de popularidade em meio à alta de preço dos alimentos, o presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira, 5, que a inflação no Brasil está “razoavelmente controlada”.
“A nossa preocupação é apenas evitar que os preços dos alimentos continuem prejudicando o povo brasileiro. É por isso que temos feito reuniões sistemáticas com os setores”, disse o petista em entrevista a rádios mineiras.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) indicou que o cenário de inflação de curto prazo segue adverso e que há necessidade de políticas fiscal e monetária mais alinhadas. Segundo a ata da última reunião do Copom, há um risco de desancoragem das expectativas de inflação, o que pode dificultar a redução dos preços a médio prazo.
Apesar do cenário desafiador, Lula afirmou que a economia brasileira está em crescimento e que o governo trabalha para reduzir o custo de vida e tornar a cesta básica mais acessível à população. “Temos consciência que vamos baixar a inflação e reduzir o custo de vida. O governo inteiro está trabalhando para isso”, assegurou o presidente.
O presidente Lula garantiu que a alta dos alimentos será controlada e que sua equipe trabalha para tornar a cesta básica mais acessível.
Lula insiste em dizer que a economia está crescendo e que os preços serão ajustados para melhorar o custo de vida da população.
A inflação segue em alerta como um tema central para a eleição de 2026, com governo e oposição travando um embate sobre a responsabilidade pelos aumentos de preços e as soluções para o problema.
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