Filho de Lewandowski advoga para empresa ligada ao PCC, alvo da Polícia Federal, MPSP e Receita Federal em Esquemas Bilionários de Lavagem de dinheiro
- Redação 24Hrs
- há 28 minutos
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Enrique de Abreu Lewandowski, filho do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, atua como advogado da Terra Nova Trading, empresa envolvida em um esquema bilionário de fraudes que teria ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC)

Detalhes da investigação
A Operação Carbono Oculto reúne esforços do Ministério Público de São Paulo (MPSP), da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal para investigar um sofisticado esquema que conecta a facção criminosa ao setor de combustíveis e a instituições financeiras
Segundo a apuração, a empresa Terra Nova Trading teria sido usada para:
Gerar créditos tributários falsos.
Inflar preços em transações internas.
Lavar dinheiro oriundo de organização criminosa
Identifica-se como figura central no esquema o empresário Mohamad Hussein Mourad, que se aproveitava de importações de nafta com imposto reduzido (1% em vez de 25% no estado de São Paulo) para viabilizar a produção clandestina de combustíveis em larga escala
Atuação jurídica de Enrique Lewandowski
Por meio de documentos judiciais, Enrique figura como advogado da Terra Nova Trading em processos tributários tramitando no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) — o último andamento registrado remonta a 2019. Ele também consta como representante da empresa em ações cíveis e tributárias no Tribunal de Justiça de São Paulo, com processo datado de 2021.
Nota da defesa e da empresa
Assessoria de Enrique Lewandowski afirmou que ele não atua em temas criminais, apenas nas áreas cível e tributária, desde 2018:
“Ele repudia qualquer tentativa de criminalização da atividade advocatícia, reafirmando o compromisso com a legalidade e a ética profissional.”
Já a Terra Nova Trading declarou que:
Não foi alvo da operação Carbono Oculto.
Funciona desde 1994 como prestadora de serviços de importação e logística, notadamente no comércio exterior.
Atua em estrita conformidade com a legislação, incluindo normas da Receita Federal.
Não possui vínculo societário ou administrativo com Copape/Aster, tampouco integra organização criminosa.
Nunca recebeu autuação do governo de São Paulo ou autoridades federais.
Copape deixou de ser cliente em janeiro de 2023, e todas as importações foram certificadas por órgãos competentes
Panorama da investigação
A Operação Carbono Oculto mobilizou 1.400 agentes em oito estados (SP, ES, GO, MS, MT, PR, RJ e SC), cumprindo mais de 350 mandados de busca, apreensão e prisão. Estima-se que o esquema sonegou aproximadamente R$ 7,6 bilhões em impostos, movendo recursos ilícitos via fundos de investimento e empresas fantasmas, principalmente no setor de combustíveis e mercado financeiro