DENUNCIA: Sebastião Coelho diz "Moraes foi Desmascarado" e denuncia abusos do STF em reunião Geral com relator da OEA
- Redação 24Hrs
- 13 de fev.
- 2 min de leitura
O desembargador aposentado Sebastião Coelho, defensor de presos do 8 de janeiro, afirmou nesta terça-feira (11) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi "desmascarado" durante uma reunião com Pedro Vaca Villarreal, relator especial para liberdade de expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão ligado à Organização dos Estados Americanos (OEA).

A audiência contou com a presença de advogados dos detidos, familiares e do ex-deputado Daniel Silveira. Segundo Coelho, foram expostas denúncias de supostos abusos cometidos pelo STF, incluindo relatos de presos que teriam sido torturados e restrições à atuação da defesa. "O senhor Pedro sai dessa reunião com a certeza de que, no Brasil, temos uma ditadura imposta pelo STF, tendo à frente o senhor ditador abusador Alexandre de Moraes", afirmou o desembargador em um vídeo publicado nas redes sociais.

Caso Clezão e acusações contra Moraes
Durante o encontro, Coelho também responsabilizou Moraes pela morte de Cleriston Pereira, conhecido como Clezão, um dos presos do 8 de janeiro que faleceu na Penitenciária da Papuda em 2023. Ele denunciou o que chamou de "inércia do STF", argumentando que laudos médicos apontavam problemas de saúde do detento, ignorados pelo ministro.
A filha de Clezão, Luiza Cunha, reforçou as denúncias ao relator da OEA, classificando o episódio como tortura.
"Meu pai foi morto injustamente e torturado na cadeia. Ele era um homem íntegro, bondoso e exemplo de brasileiro. Estamos sendo torturados até hoje", desabafou.
Repercussão e próximos passos
O relator da CIDH ainda não se manifestou oficialmente sobre as denúncias, mas a expectativa dos advogados dos detidos é que o órgão internacional pressione o Brasil sobre as ações do STF.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos tem autonomia para investigar violações de direitos humanos em países-membros e, em casos graves, pode levar denúncias à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que pode responsabilizar o Estado brasileiro.
O caso segue gerando polêmica e deve ganhar novos desdobramentos à medida que a CIDH avança na análise das denúncias.
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