Alta do dólar reflete gastos do governo e gera incertezas para investidores que não acreditam na retomada da economia no Brasil
- Redação 24Hrs
- 25 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de dez. de 2024
Aumento dos gastos expressivos do governo influenciam na alta do dólar, apontam economistas, gerando dúvidas sobre contas públicas, afastando assim investidores.
O dólar encerrou esta quarta-feira (25) cotado a R$ 6,17, evidenciando um movimento de alta sustentado ao longo de 2024. A valorização da moeda americana é atribuída à combinação de incertezas fiscais no Brasil e fatores externos, como a política monetária nos Estados Unidos.

O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL-PB) mandou imprimir notas de dólar com o rosto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a moeda chegar a R$ 6,20 na quarta-feira (18). Depois do episódio, o dólar subiu ainda mais e chegou a R$ 6,30. Nesta manhã de quarta-feira (25), a moeda abriu em R$ 6, 15. Até a publicação desta reportagem, estava em R$ 6,17.
Silva explicou que usou recursos próprios para custear as impressões. “Lembrei no tempo da Dilma”, disse. O parlamentar distribuiu as notas aos colegas no plenário da Câmara, em forma de crítica a gestão econômica de Lula.
Economistas apontam que a alteração das metas fiscais pelo governo federal em abril, trocando um superávit de 0,5% do PIB em 2025 por déficit zero, e a falta de medidas concretas para reduzir gastos, abalaram a credibilidade fiscal do país. Além disso, as expectativas de um déficit primário de 0,7% do PIB para este ano, segundo o boletim Focus, ampliam o risco percebido pelos investidores.
Especialistas defendem maior rigor nas contas públicas para conter a desvalorização do real e evitar que o Brasil continue perdendo atratividade para investimentos estrangeiros.
Fatores como a baixa produtividade, os juros elevados e a dívida crescente mantêm o país em uma posição vulnerável, segundo análises de economistas.
Comentarios